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AGRONEGÓCIOS

 

O conceito de "agribusiness" foi proposto pela primeira vez em 1957, por Davis e Goldberg, como a soma das operações de produção e distribuição de suprimentos agrícolas, processamentos e distribuição dos produtos agrícolas  e itens produzidos a partir deles.

Assim, de acordo com o conceito de agronegócio, a agricultura passa a ser abordada de maneira associada aos outros agentes responsáveis  por todas as atividades, que garantem a produção, transformação, distribuição e consumo de alimentos, considerando assim, a agricultura como parte  de uma extensa rede de agentes econômicos.

Com este conceito formalizado por tais autores, a visão sistêmica passa a ganhar  importância, abrangendo todos os envolvidos, desde a pesquisa até o cosumidor final, desde o que comumente se chama "antes da porteira" até "pós-porteira".

O conhecimento tecnológico é um dos principais instrumentos disponíveis para que o agronegócio possa enfrentar os desafios atuais. A tendência é de crescente preocupação com o desenvolvimento de tecnologias que respeitem a sustentabilidade dos sistemas produtivos, abrangendo aspectos econômicos, sociais e ambientais.

Entre as especialidades do agronegócio brasileiro está a produção de citros. O Brasil produz a metade do suco de laranja do planeta cujas exportações trazem de US$ 1,5 bilhão a US$ 2,5 bilhões por ano ao país.

A produção citrícola é uma das mais intensivas na utilização de defensivos agrícolas. Estima-se que 40% dos custos de produção estejam relacionados ao controle químico das pragas e do­enças dos citros. 

Os principais mercados de destino dos produtos citrícolas, Europa e Estados Unidos, possuem exigências específicas quanto à presença de contaminantes e “pesticidas” nos produtos importados. Para esses mercados, a lista de defensivos aceitos difere em relação à do Brasil em vários produtos na produção citrícola. Este é o caso do carbendazim, que tem seu uso aprovado em diversas culturas, incluindo citros, no Brasil e em muitos países. Nos Estados Unidos, entretanto, a Agência de Proteção Ambiental (EPA) não aprovou o uso de carbendazim nos cultivos de laranja, nem estabeleceu um limite aceitável desse ingrediente ativo em suco de laranja. Assim, de acordo com a Lei Federal de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos, o carbendazim em suco de laranja, em níveis acima do permitido pelas autoridades norte-americanas (10 ppb), constitui um resíduo químico ilegal. Por representar um risco comercial, apesar de ter o uso aprovado no Brasil, o carbendazim e o tiofanato-metílico, substância que se converte em carbendazim no interior dos tecidos vegetais, não fazem mais parte da recomendação para o manejo de doenças nos pomares brasileiros. Estes ingredientes ativos, usados principalmente para o manejo de pinta preta e podridão floral, deverão ser substituídos por outros produtos, como aqueles à base de cobre e de estrobilurinas. 

A substituição de produtos é comum em todas as culturas e normalmente representa o uso de compostos mais eficientes e mais seguros à saúde humana e ao ambiente. Nos últimos 10 anos a indústria química fez gran­de progresso em relação aos avanços tecnológicos dos produtos, destacando-se o modo de ação, novos tipos de formulação, redução da quantidade de ingrediente ativo e do número de aplicações. Além disto, hou­ve grande evolução quanto à seletividade, toxicologia e impacto ambiental. 

Além do desenvolvimento de compostos mais eficientes, parte do melhoramento das moléculas existe para atender às demandas legais que estão em contínuo aperfeiçoamento. 

Contando com uma ampla base legal, a legislação brasileira, no que se refere aos agrotóxicos, é reconhecida como uma das mais rigorosas do mundo. A lei brasileira 7.802/1989, conhecida como “Lei dos Agrotóxicos”, juntamente com seu Decreto regulamentador nº 4074/2002, disciplinam a pesquisa, a experimentação, a produção, a embalagem e rotulagem, o transporte, o armazenamento, a comercialização, a propaganda comercial, a utilização, a importação, a exportação, o destino final dos resíduos e embalagem, o registro, a classificação, o controle, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins, e estabelecem as responsabilidades para cada um dos integrantes da cadeia agrícola, sejam eles o agricultor, o distribuidor, representado pelas cooperativas e revendas, a indústria ou o Poder Público. 

O Mercado

O agronegócio é fundamental para a economia do país, pois representa cerca de um terço do nosso PIB e tem dado grande contribuição às exportações de commodities e produtos agro-industriais. O Brasil caminha para se tornar uma liderança mundial no agronegócio e para consolidar nessa atividade é preciso ampliar sua competência para atuar de modo eficiente no controle das cadeias de produção agropecuária de modo a garantir qualidade e segurança dos produtos e das cadeias de produção. Já exportamos hoje para 180 países. Podemos conquistar novos mercados, mas para isto precisamos alcançar padrões elevados de certificação e qualidade sanitária e fitossanitária, mantendo assim elevada competitividade no mercado internacional com melhor enfrentamento das exigências e barreiras como afirmado recentemente pelo presidente Luis Inácio Lula da Silva "investir em sanidade é na verdade proteger o patrimônio nacional e por isso colocamos a sanidade animal e vegetal entre as prioridades deste mandato". 

O Brasil ainda enfrenta situações oriundas da imposição de barreiras sanitárias e fitossanitárias que precisam ser superadas. Além disso, está sob ameaça constante do avanço e severidade de pragas e doenças de plantas e animais já existentes no país e daquelas quarentenárias que podem ser introduzidas no país a qualquer momento se medidas preventivas competentes e eficazes não forem delineadas e implementadas pelo poder público e pelo setor produtivo.

A missão institucional do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) é promover o desenvolvimento sustentável e a competitividade do agronegócio em benefício da sociedade brasileira. No cumprimento de sua missão, o MAPA formula e executa políticas para o desenvolvimento do agronegócio, integrando aspectos mercadológicos, tecnológicos, científicos, organizacionais e ambientais, na busca do atendimento às exigências dos consumidores brasileiros e do mercado internacional.

 

As medidas adotadas pela Secretaria de Defesa Agropecuária-SDA do MAPA fundamentam-se na técnica, na ciência e na legislação em vigor, conforme preconizam os Acordos de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias e de Obstáculos Técnicos ao Comércio da OMC.

O agronegócio é atualmente o setor mais importante da economia brasileira, respondendo por 1/3 (um terço) do produto interno bruto. Ocupa posição de destaque no âmbito global e tem importância crescente no processo de desenvolvimento econômico por ser um setor dinâmico e pela capacidade de impulsionar outras áreas.

Devido à dinâmica desse mercado, o acesso a informações confiáveis e serviços de qualidade para auxílio na tomada de decisão é cada vez mais necessário para a realização de bons negócios.

Veja mais sobre esse segmento em:

 http://www.portaldoagronegocio.com.br/index.php